Quem Somos
A educar desde 1889!
Como caraterizar a Oficina S José (OSJ) de Braga? Foi um lugar de refúgio, foi abrigo, sustento e local de educação para crianças/jovens carenciados. Sim, escola: neste estabelecimento ou através dele aprenderam a ler, a escrever, a contar, a ser, a dominarem técnicas de um ofício. Foi mais uma oficina de vida, como revelam os testemunhos dos antigos alunos.
Em oito de dezembro de 1889 ocorreu o nascimento da OSJ, em Braga. A Direção da Associação do Coração de Jesus, o Arcebispo D. António José de Freitas Honorato e as Comissões de Cavalheiros e de Senhoras materializaram o sonho. Uma vida longa, conturbada, renascida em cada etapa e enaltecida nos dias de hoje.
De ano a ano, de tijolo a tijolo, de parede a parede, de conquista em conquista a Casa apareceu para acolher as crianças e os jovens, num ambiente que se pretendia familiar, passando por vários locais onde foram abrigados até se chegar à rua do Raio, a de hoje.
Cada (quase) bracarense esteve/está ligado à OSJ, por colaboração através de dádivas, de usufruto dos seus serviços/oficinas ou pelo voluntariado ao longo destes anos de existência, além da assistência estatal. As oficinas também contribuíam para a sua autossustentação: alfaiataria, sapataria, tipografia, encadernação, além da banda de música e das efémeras carpintaria e tecelagem.
A OSJ surgiu para acolher as crianças e jovens sem teto, sem família, com carências, hoje, o seu alicerce está no afeto que gera autoestima que é geradora de bem-estar, de segurança, de sociabilidade, e está na formação, na educação e no desenvolvimento integral, na recuperação física/psicológica e na autonomia.
Para o quadro histórico e vivencial ficar mais complementado, há que referir a ação dos Arcebispos e dos Diretores da OSJ.
Os protagonistas desta História têm uma palavra, pois os órfãos de bem-estar e de afetos tornaram-se cidadãos, verdadeiros artesãos na Oficina da Vida.
Em 1939, o Jornal de Notícias afirmava que “(…) a sociedade ainda não pagou o devido tributo pela educação dos pequenos (…) que ela [OSJ] recolhe e regenera…”. Esta Instituição tão provecta está cada vez mais rejuvenescida e com dinâmicas de vanguarda e de referência no acolhimento de crianças e jovens.
Este espaço seguro desenvolve personalidades solidárias e abertas ao são convívio que afasta rotulagens. E cabe a cada um de nós, cidadãos, contribuir no seu reforço.

Documentos Estruturantes
A Nossa Missão
Dotar (com) as crianças e jovens de meios, competências e recursos tendentes a uma autonomização plena.
Filosofia
A Visão
Fazer com que a OSJ seja um espaço de acolhimento, um projeto de transição, e de um projeto de vida para cada criança e jovem que acolhe.
Os Nossos Valores
Tradição, seriedade, competência, inovação, melhoria contínua, verdade, justiça, igualdade de oportunidades e dedicação.

Objetivos
a. “Assegurar a proteção de crianças e jovens de risco;
b. Promover o bem estar, desenvolvimento integral, cidadania ativa e (re)inserção social das crianças e jovens, através de estratégias, procedimentos e programas terapêuticos e/ou educativos;
c. Avaliar as necessidades/fragilidades e desenvolver as potencialidades de cada criança e jovem, com base na sua história de vida e na sua situação familiar;
d. Proporcionar um ambiente normativo de vida, que lhes disponibilize experiências de vida diversificadas, ricas e adequadas às suas necessidades e potencialidades;
e. Proporcionar um ambiente familiar harmonioso e afetuoso, promovendo laços afetivos e vinculações securizantes;
f. Assegurar o cumprimento e respeito dos direitos das crianças e dos jovens acolhidos;
g. Promover a participação ativa das crianças e jovens acolhidos no contexto geral em que estão inseridos e nas decisões que lhes digam respeito, nomeadamente na definição dos seus projetos de vida;
h. Conhecer as condições da família nuclear e alargada e desenvolver, tanto quanto possível as suas capacidades e competências em ordem a uma futura (re)integração, sempre centrada no superior interesse da criança e do jovem;
i. Preparar as crianças/jovens para a sua autonomia e integração social”.
Publicações
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Autonomia
Desafios práticos no acolhimento de jovens em instituição
Costa, A., Tomás, C., Luís, E., Cruz, H., Rodrigues, L., Malheiro, M., Leote de Carvalho, M. J., & Gonçalves, S. (2015). Autonomia. Desafios práticos no acolhimento de jovens em instituição. Fundação Calouste Gulbenkian - PG Desenvolvimento Humano.
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Direitos da Criança
Experiências de quatro Instituições de acolhimento de jovens
Tomás, C., Malheiro, M.; Costa, A., Rodrigues, L., Luís, E., & Gonçalves, S. (2014). Direitos da Criança, autonomia e bem-estar das crianças e jovens em acolhimento institucional: relato de experiencias no LIJ Oficina de S. José (Braga). In M. J. Carvalho, & A. Salgueiro (coords.), Direitos da Criança. Experiências de quatro instituições de acolhimento de jovens (pp. 22 – 37). Fundação Calouste Gulbenkian – PG Desenvolvimento Humano.
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Pensar o acolhimento residencial de crianças e jovens
Sumário Executivo
Carvalho, M. J., & Salgueiro, A. (coord.) (2018). Fundação Calouste Gulbenkian – PG Desenvolvimento Humano.
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Da Memória ao presente.
A história da Oficina de S. José de Braga. OSJ.
Soares, M. I. (2019)
